domingo, 17 de abril de 2016

19 - 04 – dia do índio


Legado Cultural das Brincadeiras Indígenas.
Por Cristiano dos Santos (Tio Goiaba)


Uma ótima oportunidade de falar do legado histórico cultural deixado para nós por intermédio das tribos indígenas fortemente massacradas para deixar de lado seus costumes no tempo de colonização de nosso rico Brasil.

Segundo Gomes, Mercio Pereira (2016).

- Atualmente somente cerca de 400 mil índios vivem no Brasil.

- Muitas tribos, influenciadas pela cultura dos brancos, perderam muitos traços culturais. É muito comum encontrar em tribos indígenas atuais, índios falando em português, vestindo roupas e até usando equipamentos eletrônicos.

- Ao entrarem em contato com os brancos, muitos índios, além de perderem aspectos culturais, contraem doenças e morrem. A contaminação de rios, principalmente por mercúrio vindo dos garimpos, também leva doenças para os índios através de seu principal alimento: o peixe.

- Algumas tribos isoladas conseguiram ficar longe da influência branca e conseguiram manter totalmente intacta sua cultura. Infelizmente, são poucas tribos nesta situação. A maior parte destas tribos está localizada na região da Amazônia.

- Muitos povos indígenas tem se mantido graças à criação, nos últimos anos, de reservas indígenas. Nestas áreas, ficam longe da presença de pessoas que pretendem explorar riquezas da natureza.

Uma maneira de contar um pouco dessa historia é através dos jogos e brincadeira, onde conseguimos durante a explicação inicial abordar esses temas, pouco falado nas escolas no decorrer da vida escolar dos educandos.
O jogo é uma forte ferramenta de transmissão de cultura.
Huizinga no livro Homo Ludens faz a seguinte afirmação:

 “A cultura surge em forma de jogo. Mesmo as atividades que visavam à satisfação imediata das necessidades vitais, como por exemplo, as caças tendem a assumir nas sociedades primitivas uma forma lúdica”. Huizinga J. (2007).

Por isso devemos apresentar as nossas crianças para que mesmo que não pratiquem as atividades dessa cultura tão esquecida socialmente, tenham a oportunidade de conhecê-las e respeita-las.
Segue a baixo algumas atividades:

Peteca

Uma invenção indígena que no mundo atual ganhou espaço e é praticado como esporte.  Geralmente são feitas de papos de pássaros cheios de sementes, na parte posterior são colocadas penas de pássaros e jogadas em grupos um contra outro, em duplas ou ainda individual.  Os índios também produzem  petecas feitas de palha de milho.

Jogo de gavião

É um jogo que possibilita a participação de todos os meninos e meninas, deve formar uma grande fila, cada um segurando no corpo do colega da frente com as mãos. A brincadeira começa com a criança mais alta do grupo, representando o gavião. Este se coloca a frente da fila e deve grita piu. Esse som vai representar a chamada do Gavião que significa “estou com fome”. O primeiro jogador da fila estende a perna direita depois a esquerda para a frente e pergunta: quer isso? O gavião responde negativamente, repetindo a brincadeira com cada um dos jogadores da fila até chegar na última criança. A esta o gavião deve dizer “sim” e parte para tentar pega-la, correndo para qualquer lado da fila. Os demais jogadores tentam impedir que o gavião consiga pegar o último da fila, fazendo movimentos  para a esquerda e para direita. Se o gavião conseguir pagar o ultimo da fila, deve leva-lo para um lugar previamente escolhido para ser seu ninho,  volta para seu lugar e o jogo se reinicia. O jogo acaba quando todos forem pegos.
Uma variação é trocar o gavião a cada 3 crianças pegas.

Sol e Lua
As crianças devem estar dispostas em uma única coluna segurando na cintura ou no ombro do que está à frente. Duas outras crianças, vão representar o “SOL E A LUA”, fazem uma "ponte", utilizando as mãos mantendo-as à acima da cabeça. Cantando, as crianças passam por debaixo da ponte várias vezes. Numa das vezes o Sol e a Lua prendem o último ou os dois últimos da fila. Perguntam-lhe para que lado querem ir. A criança escolhe e deve seguir para atrás do Sol ou da Lua. E assim continuam até terminar. Quando todas as crianças passam, têm-se duas equipes. A duplas mantém os braços dados, e todos devem se manter  segurando na cintura do colega da frente. Vão puxar-se, para ver que equipe ganhará. Ganhará aquele grupo que conseguir "puxar" o outro.  

Gavião e Galinha

Uma criança é escolhida para ser o gavião, ave forte e comedora de pintinhos. Outra criança representa a galinha, que fica de braços abertos, tendo sob sua proteção todos os seus pintinhos, (as crianças devem ficar em fila atrás da galinha). O gavião corre para tentar comer um dos pintinhos, mas só pode pegar o último. A galinha tenta evitar dando voltas e mais voltas, impedindo que o gavião pegue seu pintinho. O gavião só pode pegar o pintinho pelo lado. Não pode tocar por cima. Quando ele consegue pegar, a criança fica de fora da brincadeira, representando ter sido comida pelo gavião. O jogo deve continuar até que o gavião consiga pegar todos os pintinhos.

Melancia

Crianças representam as melancias, ficando agachadas, em posição grupada (cócoras), com a cabeça baixa, espalhadas pelo espaço determinado pelo jogo. 3 crianças devem ser escolhidas para serem os dono da plantação de melancias, que vão ficar cuidando. Deve ser escolhidos 5 crianças para serem os ladrões das melancias. Os ladrões vêm devagar, e experimentam as melancias para saber quais estão no ponto de colheita, batendo com os dedos na cabeça das crianças, as melancias escolhidas deve ser levantada e de mãos das correr até um ponto determinado previamente. Nesse momento os donos reagem e tentam pegar os ladrões. Se eles conseguirem a melancia deve voltar a seu lugar, se não conseguir e o ladrão conseguir chegar até seu objetivo, à melancia “criança”, vira ladrão de melancia.
Termina o jogo quando todos virarem ladrões.

Curupira

Uma criança deve ser escolhida para iniciar o jogo com os olhos vendados. Uma outra criança vem e faz com que aquela gire três vezes. Depois, ela pergunta: "O que, que tu perdeu"? E ela responde "perdi uma agulha; perdi um terçado”; E todas as crianças fazem suas perguntas. Quando chega a vez da última criança, esta deve perguntar o que o Curupira quer comer. O Curupira deve escolher algo para comer. Quando o curupira tira a venda e vê que não tem a comida que ele pediu, sai correndo atrás das crianças e todos saem em disparada para não serem pegos, até um lugar determinado previamente. Quem for pego passa a ser o curupira e o jogo se reinicia.

Todos esses Jogos podem ser utilizados para desenvolvimento de várias habilidades, não foram estas citadas aqui, pois nosso único objetivo é apresentar um pouco da cultura indígena através das brincadeiras.
Que o professor sinta-se a vontade para mencionar as diversas habilidades em seu plano de aula.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

 HUIZINGA J. Homo Ludens. 5º Edição, São Paulo. Perspectiva. 2007 pag. 53.

GOMES, M. P. (2016). Indios do Brasil.    http://www.historiadobrasil.net/indiosdobrasil. Acesso dia 16-04-2016 as 20:30;

BRINCADEIRAS INDIGINAS. http://www.cirandandobrasil.com.br/?page_id=854 Acesso 16-04-2016

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sábado, 30 de janeiro de 2016

Brincadeiras para a 1º semana de aula (socialização)

Atividades de socialização

Com o começo das aulas temos sempre que fazer um trabalho para integrar o grupo e conhece-lo, esse tipo de 1º contato vai dizer muito do que vai ser seu trabalho no decorrer do ano. Quem trabalha com recreação acaba tendo grande facilidade para desenvolver atividades de integração e socialização, por estar sempre trabalhando com grupos novos.
Vou deixar a disposição algumas brincadeiras que servirá como ponte para esse momento de socialização do grupo.

 Conceito de Socialização:

É o ato ou efeito de socializar, ou seja, de tornar social, de reunir em sociedade.

Minha cara metade:

Material: Caixa de papelão, revistas ou jornais
Desenvolvimento:
Nessa brincadeira utilizará duas caixas que ficarão no centro de duas linhas paralelas de pessoas da mesma quantidade.

Em cada caixa haverá pedaços de paginas de revista, jornais enfim, cada pagina estará partida ao meio, metade em uma caixa e metade na outra.
Cada um dos participantes deverá pegar um pedaço ,e a um determinado sinal eles deverão procurar sua cara metade ,quem encontrar primeiro deve dar as mãos e ir formando uma roda, para finalizar o jogo todos devem estar de mãos dadas em um grande circulo.

A caixa surpresa:

Material: Caixa de sapato e espelho
Idade: A cima de 10 anos.
Desenvolvimento:
Colar o espelho bem colado na caixa de sapato, formar uma roda com todo o grupo. O professor deve pedir que as crianças passem a caixa para o amigo do lado direito e conta uma historia dizendo a importância de estar ali e sempre conclui com a frase algo importante você vai descobrir quando a caixa abrir, a criança que parou nessa frase com a caixa na mão deve abrir, olhar e recomeçar a passar a caixa, o jogo deve ser reiniciado. Acaba o jogo quando todos olharem a caixa.
No caso de um grupo grande deve ser montado varias caixas.

Espelho vivo

Material: Nenhum
Idade: a partir dos 3 anos
Desenvolvimento:
O grupo deve ser dividido em duplas. Uma criança será o espelho e deve reproduzir os gestos feitos pelo amiguinho que está em sua frente, depois invertem as posições e o jogo recomeça.

 Meu boneco de mola

Material: Nenhum
Idade: a partir dos 3 anos
Desenvolvimento:
As Crianças devem ser divididas em duplas, uma iniciará comandando o boneco e deve fazer com o boneco aquilo que quiser, o professor deve orientar para fazer coisas bacanas com os bonecos. Ex.: Deixar em um pé só, com as mãos pra cima, fazendo careta, coisas desse tipo. Depois o professor deve trocar as posições.
Pega-pega dos nomes
Material: Bexiga, banco sueco, papel e caneta.
Idade: a partir dos 6 anos de idade.
Desenvolvimento:
Cada criança deve receber uma bexiga, pedaço de papel e uma caneta para escrever o seu nome, feito isso deve encher a bexiga, e coloca-la atrás do banco sueco para que não saia voando. O banco sueco deve ficar de um lado em uma distancia que permita as crianças correrem,  que por sua vez devem ficar do lado oposto do banco. O Professor deve estourar o 1º balão e a criança chamada deve correr e estourar uma outra bexiga, estourar a bexiga e ler o nome em voz alta, a criança chamada deve levantar o braço e esperar que o amigo venha busca-lo os dois correm de mãos dadas e amigo repete o gesto inicial do 1º amigo, até que todas as crianças estejam em uma grande corrente. 

Quem é o fantasma?

Material: Lençol
Idade: A partir de 4 anos
Desenvolvimento: A turma será dividida em duas equipes.  Uma deverá ficar dentro e a outra fora da sala. As crianças que estiverem dentro da sala enviarão uma criança coberta com um lençol que será o fantasma. As crianças que estiverem fora da sala deverão adivinhar quem é o fantasma. Depois as crianças que estiverem fora da sala enviarão um fantasma para a turma que estiver dentro da sala. E assim continua a brincadeira até que todas as crianças tenham participado.

Arranje um par

Material: nenhum
Idade: a Partir de 4 anos
Desenvolvimento:
De mãos dadas, formar pares com exceção de um participante que fique sozinho. Todas as crianças devem correr aos pares, e a um sinal combinado junto com o grupo, largar às mãos e procurar outro par. A criança que está sozinha deverá aproveitar e arrumar outro par.


JOGO DO LIMÃO

IDADE: 6 anos em diante
MATERIAL: Limão
Formação: círculo
Desenvolvimento: alunos sentados em círculo, tendo um, posse de um limão
Execução: os alunos iniciarão a brincadeira cantando: Meu limão, meu limoeiro... ao mesmo tempo passando o limão aos colegas. Ao findar a canção, o aluno que estiver de posse do limão deve disser seu nome e fazer um gesto que deve ser reproduzido pelos outros.


Obs. Essas são poucas possibilidades caso alguém tenha interesse é só enviar um email que respondo com prazer.
Cristiano@cianossaturma.com.br